sexta-feira, 12 de outubro de 2018

A (não) renovação de Héctor Herrera

Héctor Herrera é por estes dias,um dos jogadores com mais mercado no plantel do FC Porto. É também ele,capitão de equipa e líder de um balneário com duas recentes conquistas. Herrera foi o homem que levantou a taça de campeão nacional de um dos campeonatos mais marcantes da história do clube,pelas circunstâncias externas que se foram desenrolando ao longo da época.

Mas chegamos a outubro e vemos que o nosso capitão está a apenas 3 meses de assinar por qualquer outro clube. Sim,neste momento,o FC Porto tem o seu capitão em final de contrato. Pergunta-se :"Mas um jogador como Herrera tem sempre interessados e o próprio clube não o quer?". Quer sim. A componente que está a travar a renovação do mexicano é apenas e só a questão salarial. Ontem,vimos Pinto da Costa dizer: "Herrera pedia 6 milhões para renovar". Ora esta declaração vem numa altura em que saiu o R&C de 2017/2018 onde o clube mais uma vez registou prejuízos.

Ora se um clube que está sob alçada da UEFA fruto do Fair-Play Financeiro,regista mais uma vez prejuízos nos R&C e tem um jogador que pede 6 milhões de euros para prolongar o seu vínculo,penso que todos nós já sabemos o que vai acontecer em junho. 

Héctor Herrera tornar-se-á num jogador completamente livre e poderá assinar por quem quiser e bem lhe apetecer. 6 milhões de euros para um jogador que jogue no FC Porto é uma coisa absurda. Nenhum jogador em Portugal aufere perto disso. Nenhum. Quem já teve as despesas de renovar com Iker Casillas,Maxi Pereira (sobretudo estes 2) e mais uns quantos,torna-se praticamente improvável que chegue perto dos valores que o jogador pretenda auferir.

Na mesma situação que Herrera,está Brahimi. Sendo que neste caso,o FC Porto em caso de não renovação do argelino,tem de indemnizar a Doyen,devido a esta ter 50% do passe de Brahimi.



Herrera chegou ao FC Porto em 2013,fruto de uma época muito bem conseguida ao serviço do Pachuca. Herrera esteve também em destaque nos Jogos Olímpicos de 2012 onde conquistou a medalha de ouro. Na altura,o custo da contratação foi em cerca de 11 milhões de euros. Chegou com rótulo de jogador caro e demorou a afirmar-se, tendo apenas sido titular indiscutível com Julen Lopetegui em 2014-2015. Fez golos importantes,assistiu,desarmou. Em 2016 cometeu o erro que levou a que o Benfica empatasse perto do fim num clássico jogado no Dragão. Mas com Conceição foi a alma e o coração de uma equipa sem chama e sem cultura de vitória. Marcou provavelmente o golo que decidiu o último campeonato mas agora está na sua (provavelmente) última época de dragão ao peito.

Até junho tudo pode acontecer,mas nós,caro Héctor não temos disponibilidade financeira para chegar perto daquilo que tu pretendes e secalhar até mereças auferir. Resta dizer-te um muito obrigado por tudo o que nos deste e ainda podes vir a dar. 

Para sempre,um dos nossos!

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